terça-feira, 30 de novembro de 2010

Brand new world.

Novas temporadas. Novos rostos. Novos ares. Cada ano, sempre me aparentava ser uma nova aventura; não digo que estivesse enganada, realmente coisas novas aconteciam e pessoas mudavam, estávamos em fases diferentes. Mas..
Como definir então o que estou me preparando desta vez? Não é qualquer aventura. Não é um aninho em Hogwarts. Um terreno novo. Não terei conhecidos em minha sala. Nem material anotado para ser levado em primeiro dia de aula. Sim.. A vida começou.
Terei de colocar pela primeira vez realmente meu rosto na frente, sozinho, estufar o peito, mostrar meu melhor sorriso e passos para me dar bem na pequena sociedade. A qual ficarei por bons e curiosos anos. Faculdade. Quando entrei no colégio, chorei, agarrei minha mãe, os professores me acalmaram e foram simpáticos comigo, acariciaram meu pequeno ombro. Você gosta de animais? Barbies? Todas as meninas eram suas amigas. O que espero do ano que vem? Não sei. Um mundo curioso e, um tanto quanto pavoroso; talvez um universo de Tim Burton. Uma bela aparência mas pessoas superficiais e falsas, mas algumas pequenas e especiais boas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Amor.


Para que serve? Não lhe facilita em nada. Não me ajudará a abrir um pote de picles. Não irá me facilitar na cozinha, nem na limpeza, muito menos no trabalho. Nos deixa inseguros, fracos, sentindo novamente como crianças, se perguntando o tempo inteiro se a outra pessoa lhe corresponde. Inventa desculpas para si mesma para tolerar qualquer falta de sinais de que ele te nota. Qualquer sinal de que ele é só um ser humano. Ficamos neuróticas. Quando se é um artista, piora. Lhe faz escrever desde poesias maravilhosas a uma carta de suicídio.

Um dia, você resolve se esforçar em esquecê-lo. Mas tudo a lembra daquela pessoa. Uma música. Uma frase. Uma imagem. Aquele ator com o cigarro nos lábios, em poucos segundos você se lembra de como aquele pequeno pacote de nicotina ficava tão belo nos lábios dele. De como você suspirava (e ainda suspira) para ser aquele cigarro, aquele vício que ele precisa inalar, tragar, sentir pelo menos uma vez por dia. Aquela matéria que ele gosta e, que você por insistência não gosta. O sorriso maroto e quase infantil que ele fazia. E, finalmente você conclui, está perdida.

Biografia, tipo um.

       Aos quinze anos comecei a escrever poemas. Meu tema naquela época, morte; muitos se assustavam, não ligava. Por qual razão? A morte é.. Misteriosa em si e, eu a queria naquele pequeno ano. Mas não tinha coragem de cometê-lo. Junto com a minha vontade de ter uma mulher nos braços.
       Aos dezesseis, não desenhei nada e nem escrevi nada. Tinha me apaixonado, por um garoto um ano mais velho; meu amigo, mas tive sua recusa. Foi o ano que comecei a ir para bares. E a colar em provas, ainda que raramente.
       Agora, aos dezessete, nada faço. Escrevi dois poemas, desenhos em meus livros é o que não falta. Os temas dos poemas? Liberdade e amor. Morte ainda me é fascinante, mais deixei a idéia de suicídio de lado, descobri que sofremos demais depois que morremos quando cometemos suicídio. Decidi ir para a área de moda. Me tornar estilista no ano que vem. Meus pais, irmãos e amigos aprovaram. Completo este ano dois anos indo na psicóloga. Ainda não tenho um carro e nenhum animal de estimação. Tirando meu irmão. Mudei novamente de colégio. Me tornei oficialmente viciada em cafeína e chás. Descobri funcionar melhor a noite. E que números não são comigo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Confesso.

Minha amiga uma vez me disse que se espantava com o número de fumantes na cidade. Na dela não são tantos. Homens para ela tudo bem, mas ela acha garota fumando muito feio. Confesso que, naquele momento, me deu mais vontade ainda de me tornar uma fumante.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Giving up the gun


E se eu desistir de tudo?

Meu corpo está vencendo a minha mente. Cansado. Cansada. Confusa. O que quero de minha vida? Não sei. Este é o problema. Vejo pessoas decidindo sua vida todos os dias, enquanto isso, eu nada faço. Psicologia ou Design de Moda? Chocolate ou um sorvete de creme? Preto ou branco? Tênis ou sapatilha? Nada sei.

Me falta garra. Não consigo tatuar o lema de não se importar com ninguém ou com nenhum outro fator da natureza. Me falta dizer "Eu quero isso." me falta aquele ar de Mafalda. Sinto que me falta tudo. A sociedade nos omprime, a sociedade nos consome, a sociedade nos faz sentir vergonha de nossa verdadeira essência.